quarta-feira, 24 de novembro de 2010

31 de novembro: Dia Mundial de Combate a AIDS

31 de novembro é o Dia Mundial de Combate a AIDS  e cabe aos profissionais da Saúde orientar para a prevenção e o tratamento dessa doença que vitima milhões de pessoas em todo o mundo.

O Brasil possui um programa de combate a AIDS que é referência mundial. Vale a pena transcrever aqui as orientações do Ministério da Saúde e retransmiti-las ao maior número de pessoas possível.

O que é HIV

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. 
Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

Sintomas e fases da aids

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. E o organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebido.
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do sistema imunológico - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, faça o teste!

Por que fazer o teste de aids

Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida.
Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o exame!
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo. Esses testes são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente, nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento - CTA (ver mapa com localização pelo país). Os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque-Saúde (0800 61 1997).

Acompanhamento médico

O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta sintomas e não toma remédios (fase assintomática), quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam como aids.
Nas consultas regulares, a equipe de saúde precisa avaliar a evolução clínica do paciente. Para isso, solicita os exames necessários e acompanha o tratamento. Tomar os remédios conforme as indicações do médico é fundamental para ter sucesso no tratamento. Isso é ter uma boa adesão.
O uso irregular dos antirretrovirais (má adesão ao tratamento) acelera o processo de resistência do vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca de medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico que faz o acompanhamento do soropositivo. A equipe de saúde está apta a tomar essas decisões e deve ser vista como aliada, pois juntos devem tentar chegar à melhor solução para cada caso.


Exames de rotina

No atendimento inicial, são solicitados os seguintes exames: sangue (hemograma completo), fezes, urina, testes para hepatites B e C, tuberculose,sífilis, dosagem de açúcar e gorduras (glicemia, colesterol e triglicerídeos), avaliação do funcionamento do fígado e rins, além de raios-X do tórax.
Outros dois testes fundamentais para o acompanhamento médico são o de contagem dos linfócitos T CD4+ e o de carga viral (quantidade de HIV que circula no sangue). Eles são cruciais para o profissional decidir o momento mais adequado para iniciar o tratamento ou modificá-lo. Como servem para monitorar a saúde de quem toma os antirretrovirais ou não, o Consenso de Terapia Antirretroviral recomenda que esses exames sejam realizados a cada três ou quatro meses.
Determinada pelo médico, a frequência dos exames e das consultas é essencial para controlar o avanço do HIV no organismo e determina o tratamento mais adequado em cada caso.


Onde fazer?

Normalmente, a coleta de sangue para realizar todos os exames pedidos pelo médico é feita no próprio serviço em que a pessoa é acompanhada, o Serviço de Assistência Especializada (SAE), e enviada para os Laboratórios Centrais (LACEN), unidades públicas de saúde que realizam os exames especializados gratuitamente.

É possível viver bem com a aids


Atualmente, existem os medicamentos antirretrovirais - coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir todas as recomendações médicas e tomar o medicamento conforme a prescrição. É o que os médicos chamam de adesão, ou seja, aderir ao tratamento. Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada. Quem tem HIV namora, beija na boca e transa, assim como todo mundo. Mas não pode esquecer de usar camisinha sempre.

Como saber se contraiu HIV?

Basta fazer um dos testes existentes para diagnosticar a doença. Eles são gratuitos e seu resultado é seguro e sigiloso. É realizado a partir da coleta de sangue. Se der negativo, a pessoa não foi infectada pelo vírus. Mas os pacientes que tiverem o resultado positivo devem fazer acompanhamento médico.

Como é o tratamento?

O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização exames. A pessoa só vai começar a tomar os medicamentos antirretrovirais quando exames clínicos e de laboratório indicarem a necessidade. Esses remédios buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível. A medicação diminui a multiplicação do HIV no corpo, recupera as defesas do organismo e, consequentemente, aumenta a qualidade de vida do soropositivo. Para que o tratamento dê certo, o soropositivo não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los. O vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos diminuem. A adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida.

Mesmo em tratamento, a pessoa com aids pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. Ela deve trabalhar, namorar, beijar na boca, transar (com camisinha), passear, se divertir e fazer amigos. E, lembre-se, o tratamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e é um direito de todos.

Que outros cuidados são necessários?

Usar camisinha em todas as relações sexuais evita a reinfecção por vírus já resistente aos medicamentos. E a reinfecção traz complicações sérias para a saúde. Além disso, a camisinha protege de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST), como hepatite e sífilis. O soropositivo precisa ter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas. Isso previne complicações futuras e melhora as defesas do organismo.

Onde buscar apoio?


Serviços de Saúde


Os Serviços de Atenção Especializada (SAE) são os locais mais indicados para obter as informações sobre HIV e aids, sua condição de saúde, o tratamento e os novos cuidados necessários. Encontre o SAE mais próximo de sua casa.
• Você tem o direito de tirar todas as dúvidas. Não volte para casa com preocupações.
• Sempre converse com um profissional, quando perceber alterações das suas condições de saúde.
• Procure não faltar às consultas. Se estiver tomando medicação, lembre de sempre tomá-la corretamente.
• Não tome medicamentos sem orientação, nem mesmo os mais comuns ou os remédios naturais.

Família e amigos

Busque apoio da sua família e dos amigos. Identifique aqueles em que você mais confia para conversar sobre sua nova condição. Não se isole.


Grupos de apoio

Procure conversar e trocar informações com outras pessoas que vivem e convivem com HIV e aids. É uma boa forma de aprender com as experiências dos outros e, principalmente, de fazer novos amigos.

Direitos do soropositivo

Atendimento, tratamento e medicamento gratuitos

O Sistema Único de Saúde garante o tratamento, o acesso aos medicamentos e a realização dos exames médicos necessários ao diagnóstico a todos os residentes no Brasil.


Sigilo sobre a sua condição sorológica

Em respeito à intimidade e à privacidade, nenhuma pessoa pode divulgar quem tem HIV/aids sem prévia autorização, mesmo os profissionais de saúde.


Queda da obrigatoriedade do exame de aids no teste admissional

As empresas não podem mais obrigar um profissional a fazer o teste de detecção de aids ao começar em um novo emprego.


Permanecer no trabalho

Nenhum empregador pode demitir o empregado apenas por ter HIV. A demissão por discriminação pode gerar ação trabalhista para que o trabalhador seja reintegrado. Se, além disso, a demissão for constrangedora, o trabalhador pode requerer indenização por danos morais.


Valores do PIS/PASEP e FGTS

O soropositivo tem o direito de efetuar o levantamento do FGTS e do PIS/PASEP, independentemente de rescisão contratual ou de comunicação à empresa.


Benefício de prestação continuada

Toda pessoa com aids que esteja incapacitada para o trabalho e com renda familiar inferior a 1/4 do salário mínimo tem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago pelo Governo Federal.


Isenção do pagamento de IR


Portadores de doenças crônicas, inclusive a aids, têm direito à isenção do pagamento de imposto de renda, quando receber proventos de aposentadoria, reforma por acidente em serviço e pensão.

Ninguém deve sofrer discriminação por viver com HIV/aids

Caso isso aconteça, recomenda-se ir à delegacia de polícia e fazer um boletim de ocorrência ou ir à defensoria pública ou outro órgão de proteção de direitos, como a OAB, por exemplo.

domingo, 7 de novembro de 2010

Abusos na Prescrição e Uso dos Medicamentos Tarja Preta

O Brasil é o maior consumidor mundial de anfetaminas com finalidade emagrecedora: 9,1 doses diárias para cada 1000 habitantes, segundo relatório divulgado e encaminhado a ONU, pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE),
A utilização de psicofármacos tem crescido nas últimas décadas em vários países ocidentais e, até mesmo, em alguns países orientais. Esse crescimento tem sido atribuído ao aumento da frequência de diagnósticos de transtornos psiquiátricos na população, à introdução de novos psicofármacos no mercado farmacêutico e às novas indicações terapêuticas dos psicofármacos já existentes.

O consumo indevido de medicamentos em geral, e de psicotrópicos em particular, representa um grande problema de saúde pública e os anabolizantes e derivados anfetamínicos se destacam entre os medicamentos utilizados como drogas de abuso.

"A ingestão de medicamentos sem indicação médica é um problema gravíssimo que pode trazer consequências muito sérias para o paciente, que vão desde a intoxicação mais amena ao óbito", alerta Márcia Gonçalves, coordenadora do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), programa da ANVISA implantado em 2007 para monitorar as vendas de produtos controlados realizadas em farmácias e drogarias brasileiras, conforme acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário. Desde então, algumas substâncias relevantes presentes em medicamentos controlados foram estudadas: sibutramina (inibidora de apetite), fluoxetina (antidepressivo), femproporex (anorexígeno), anfepramona (anorexígeno), metilfenidato (estimulante do sistema nervoso central) e mazindol (anorexígeno), entre outras.

A escolha dos primeiros remédios analisados levou em conta o fato de o Brasil ter sido apontado pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE) por dois anos consecutivos como o maior consumidor de medicamentos com finalidade emagrecedora. Além disso, a periculosidade foi observada. O Cloridrato de Sibutramina, por exemplo, foi proibido nos países da comunidade européia e, também, sua restrição com exigência de alertas nas bulas foi aumentada nos Estados Unidos.

Cloridrato de Fluoxetina

Um indício do desvio de uso de medicamento de tarja preta pode ser apontado em uma pesquisa realizada em 13 farmácias de manipulação e 27 drogarias da cidade de Santo André, SP. Segundo a pesquisa, do
 total de receitas especiais (RE) analisadas 39.782, 16.124 foram coletadas das farmácias magistrais e 23.658 das drogarias. Desses totais, 10.919 prescrições continham fluoxetina – 9.259 provenientes das farmácias magistrais (84,8%) e apenas 1.660 (15,2%) das drogarias. As prescrições de fluoxetina eram predominantemente destinadas a mulheres (79,8%). Na imensa maioria das RE, a fluoxetina foi prescrita em associação com um grande número de outras substâncias ativas, inclusive anfetaminas anoréticas, chegando a mais de dez outras em quase a metade das prescrições. Esse tipo de prescrição múltipla, principalmente para mulheres, sugere a utilização do medicamento para uma finalidade estética (perda de peso e não terapêutico como a depressão). Fonte: Relatório do SNGPC/ANVISA


"A maioria destes medicamentos causa dependência física e ou psíquica e tem um enorme número de efeitos colaterais, como constipação, insônia, alucinações, taquicardia, dificuldade para dirigir veículos e operar máquinas, hipertensão arterial e até episódios de esquizofrenia", explica Márcia.

Especialistas apontam a vontade de buscar soluções rápidas como a principal responsável pelo consumo desenfreado desses medicamentos, como se o remédio fosse uma fórmula mágica capaz de acabar rapidamente com dores emocionais, eliminar aqueles quilos a mais, fazer dormir e despertar.

O que é Flebite


Flebite é todo tipo de inflamação da parede das veias, que permite a aderência de plaquetas. O sistema venoso profundo pode ser acometido da doença, mas, frequentemente, ocorre no chamado superficial.

As causas mais frequentes são injeções intravenosas de medicamentos, sejam terapêuticas ou inadvertidas (como fazem usuários de drogas).

A doença é dividida em quatro tipos:
• Mecânica, que é causada por irregularidades com seringas durante injeções;
• Química, que ocorre por medicações irritantes ou diluídas de maneira errada, infusão muito rápida e partículas na solução injetada;
• Bacteriana, originada por falta de higiene;
• Pós-infusão.

Se não for tratada corretamente, pode evoluir para uma inflamação chamada tromboflebite. O trombo (coágulo sanguíneo) pode, ainda, se estender para o sistema profundo, migrar para o pulmão e, até mesmo, provocar embolia pulmonar.

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas da flebite são classificados em quatro graus. No primeiro, a pele fica avermelhada no local de aplicações, podendo ou não haver dor. O grau 2 ocorre com dor no local da inserção, avermelhamento da pele e/ou acúmulo de líquidos (edema). No terceiro, além dos sintomas anteriores, percebe-se um endurecimento da veia. Por último, o canal venoso fica endurecido, com mais de uma polegada (2,75cm) em comprimento.
A situação é mais grave quando a flebite atinge o sistema venoso profundo. O paciente passa a sentir uma sensação de peso nas pernas e dor ao caminhar, além de edema, aumento da temperatura da pele no membro atingido e coloração avermelhada.
O diagnóstico, normalmente, é feito pelo médico por meio de uma avaliação física. Mas, em alguns casos, podem ser necessários exames complementares.

Tratamento e prevenção

Para prevenir a flebite é importante tomar alguns cuidados no momento de fazer aplicações e com o conteúdo injetado. É essencial sempre lavar as mãos, preparar bem a pele no local que vai receber a inserção e sempre renovar os dispositivos anti-sépticos. Quanto à solução, é bom observar a temperatura, a periodicidade em que é aplicada e o controle da quantidade que é injetada a cada vez.
O tratamento é mais simples quando a flebite não está em estágio avançado. Nesta situação, a recuperação é frequente utilizando-se de repouso com pernas e braços elevados, compressas mornas e úmidas nos locais atingidos, uso de antiinflamatórios, analgésicos, além de meias elásticas, adequadas a cada caso.
Em algumas situações, no entanto, podem ser necessários anticoagulantes, sejam venosos, subcutâneos ou orais. A definição do método e o tempo de uso variam para cada caso.

Referências:
• Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - http://www.flebite.med.br/
• Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

O que é Flebite

O que é Flebite

Flebite é todo tipo de inflamação da parede das veias, que permite a aderência de plaquetas. O sistema venoso profundo pode ser acometido da doença, mas, frequentemente, ocorre no chamado superficial.
As causas mais frequentes são injeções intravenosas de medicamentos, sejam terapêuticas ou inadvertidas (como fazem usuários de drogas).

A doença é dividida em quatro tipos:
• Mecânica, que é causada por irregularidades com seringas durante injeções;
• Química, que ocorre por medicações irritantes ou diluídas de maneira errada, infusão muito rápida e partículas na solução injetada;
• Bacteriana, originada por falta de higiene;
• Pós-infusão.

Se não for tratada corretamente, pode evoluir para uma inflamação chamada tromboflebite. O trombo (coágulo sanguíneo) pode, ainda, se estender para o sistema profundo, migrar para o pulmão e, até mesmo, provocar embolia pulmonar.

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas da flebite são classificados em quatro graus. No primeiro, a pele fica avermelhada no local de aplicações, podendo ou não haver dor. O grau 2 ocorre com dor no local da inserção, avermelhamento da pele e/ou acúmulo de líquidos (edema). No terceiro, além dos sintomas anteriores, percebe-se um endurecimento da veia. Por último, o canal venoso fica endurecido, com mais de uma polegada (2,75cm) em comprimento.
A situação é mais grave quando a flebite atinge o sistema venoso profundo. O paciente passa a sentir uma sensação de peso nas pernas e dor ao caminhar, além de edema, aumento da temperatura da pele no membro atingido e coloração avermelhada.
O diagnóstico, normalmente, é feito pelo médico por meio de uma avaliação física. Mas, em alguns casos, podem ser necessários exames complementares.

Tratamento e prevenção

Para prevenir a flebite é importante tomar alguns cuidados no momento de fazer aplicações e com o conteúdo injetado. É essencial sempre lavar as mãos, preparar bem a pele no local que vai receber a inserção e sempre renovar os dispositivos anti-sépticos. Quanto à solução, é bom observar a temperatura, a periodicidade em que é aplicada e o controle da quantidade que é injetada a cada vez.
O tratamento é mais simples quando a flebite não está em estágio avançado. Nesta situação, a recuperação é frequente utilizando-se de repouso com pernas e braços elevados, compressas mornas e úmidas nos locais atingidos, uso de antiinflamatórios, analgésicos, além de meias elásticas, adequadas a cada caso.
Em algumas situações, no entanto, podem ser necessários anticoagulantes, sejam venosos, subcutâneos ou orais. A definição do método e o tempo de uso variam para cada caso.

Referências:
• Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular - http://www.flebite.med.br/
• Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)