quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Rinosinusite

A rinite é uma inflamação da mucosa nasal, que reveste desde a parede do nariz até os seios da face. Qualquer alteração nessa cavidade ou obstrução desses componentes do organismo pode gerar a rinosinusite, popularmente conhecida como sinusite.


Dentro do nariz existem os cornetos, responsáveis por purificar, aquecer e umidificar o ar que respiramos. Alterações externas (como de temperatura ou poluição do ar) e internas (emocional, estresse e alergia) afetam diretamente esses cornetos podendo provocar a rinosinusite. Ela pode causar febre, diminuição do olfato, dores de cabeça, além de outros sintomas que variam de pessoa para pessoa.
A primeira coisa que deve-se observar para detectar a ocorrência de uma rinosinusite é a existência de um muco, que é expelido quando a pessoa assoa o nariz ou o escorre pela garganta. Esse muco fica entre a garganta e o nariz e pode provocar dor de cabeça, tosse e febre.
No início o muco é transparente, mas com o tempo ganhará uma aparência mais consistente e mudará de cor (amarelada e esverdeada), nesse caso a pessoa já estará com sinusite e precisará tomar antibiótico.

Inicialmente a secreção translúcida pode ser confundida com início de gripe, mas passados sete a dez dias com a permanência do muco a pessoa estará com sinusite, mesmo que ela não tenha dor de cabeça.

A sinusite pode ocorrer dos dois lados da face, mas normalmente é unilateral, que pode ser na região etmoidal, frontal e maxilar.

Na criança provoca tosse e obstrução nasal podendo ter uma ocorrência maior do que nos adultos, já que os seios maxilares ainda não estão totalmente desenvolvidos. É preciso ficar atento quando a criança começa ter tosse repetitiva e obstrução nasal.

A dor provocada pela rinosinusite dependerá das terminações nervosas e da anatomia de cada nariz. Mesmo quando a pessoa não sente dor alguma, estando com secreção muco catarral por mais de uma semana, é importante procurar um médico, para que a sinusite não se torne crônica.

Na suspeita de uma rinosinusite é necessário procurar um médico. Para prevenir, é necessário, consumir pelo menos dois litros de água por dia para facilitar a eliminação das secreções, juntamente com o uso do soro fisiológico para a lavagem das narinas de duas a três vezes ao dia. Deve-se, ainda, evitar locais com ar refrigerado, pois esses aparelhos favorecem o ressecamento das mucosas nasais, dificultando a drenagem da secreção e possibilitando a disseminação de microorganismos.

Portanto, em épocas de tempo seco ou de temperaturas baixas devemos ficar atentos para lubrificar a fossa nasal, evitar o consumo de bebidas geladas e a exposição à friagem evitando, assim, o aparecimento dos sintomas rinosinusais.

Dra. Teresa M. Teixeira Cardoso
Otorrinolaringologista – CRM:27432

domingo, 1 de agosto de 2010

Transtorno do Comer Compulsivo

O Transtorno do Comer Compulsivo (TCC) é também conhecido como Compulsão Alimentar Periódica (CAP).

Quem sofre do TCC apresenta ataques bulímicos, que são caracterizados por um grande consumo de alimentos (muito mais do que a pessoa comeria regularmente) em pouco tempo.

Porém, a pessoa não apresenta os comportamentos compensatórios inadequados característicos da Bulimia Nervosa (como o uso regular de vômito ou abuso de exercícios, laxantes e diuréticos), apesar do grande desconforto gerado pelas crises de compulsão (crises bulímicas). Geralmente, por vergonha, as pessoas procuram esconder os ataques mantendo um comportamento alimentar controlado em público.

Durante os ataques, também privilegiam alimentos evitados quando em dieta, experimentam diminuição do controle sobre o comportamento alimentar e, mesmo sem fome, só param de comer quando se sentem desconfortavelmente “empanturrados”.

Essa crise se caracteriza pelo consumo, em um período limitado de tempo, (p. ex., mais ou menos 2 horas) de uma quantidade de alimentos muito maior do que a maioria das pessoas consumiria durante um período similar e sob circunstâncias similares.

Ocorre um sentimento de falta de controle sobre o comportamento alimentar durante o episódio (p. ex., um sentimento de incapacidade de parar de comer ou de controlar o tipo e a quantidade de alimento).

A auto-imagem é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso do corpo. Mesmo que, em alguns casos, a pessoa não seja obesa, o fato de haver esse descontrole faz com que a pessoa acabe por abalar sua auto-estima, ou seja, acabe por achar-se gorda ou feia.

Um sofrimento acentuado inclui sentimentos desagradáveis durante e após as crises, bem como preocupações acerca do efeito a longo prazo das repetidas crises sobre o peso e a forma do corpo.

Às vezes, as crises são ativadas por um humor disfórico, tal como depressão e ansiedade. Outras vezes, as pessoas são incapazes de identificar algo que inicie a crise, mas podem relatar um sentimento de tensão, que é aliviado pela hiperfagia (grande consumo de alimentos). A maioria das pessoas que apresentam o TCC tem um histórico de repetidas tentativas de fazer dietas e sentem-se desesperadas acerca da sua dificuldade de controle da ingestão de alimentos.

Atualmente, a Terapia Cognitivo-Comportamental tem se mostrado como uma das modalidades psicoterápicas mais eficazes no tratamento do Transtorno do Comer Compulsivo. O tratamento baseia-se na utilização de técnicas cognitivas e comportamentais, dentre as quais estão a técnica da distração, o relaxamento, a elaboração de estratégias para enfrentamento das crises, o emprego de vantagens e desvantagens, o monitoramento e o uso de registro de pensamentos disfuncionais.


Autor/ Fonte
Vanessa Janiaque Beck
UNISINOS