quinta-feira, 13 de maio de 2010

15 de maio, Dia do Assistente Social, uma profissão tão nobre quanto desconhecida


No final do século XIX, a Europa estava
em plena Revolução Industrial. Multidões de desempregados rumavam para as grandes cidades em busca de algum trabalho. A fome atingia milhões e os que tinham a sorte de se empregar na indústria, trabalhavam sob as piores condições: jornada de mais de 16 horas, trabalho infantil, ausência de férias, de equipamentos de segurança e tantos outros itens básicos que formam a rede de proteção social dos dias de hoje.

Preocupado com a situação dos miseráveis, o Papa Leão XIII, publicou, no dia 15 de maio de 1891, a Encíclica Rerum Novarum (expressão do latim que significa Das Coisas Novas), apoiando os direitos dos trabalhadores de se organizarem em sindicatos, uma melhor distribuição da riqueza e a proteção pelo Estado dos mais pobres e desprotegidos, através de um sistema de previdência.

A Rerum Novarum é tida como um dos mais importantes documentos da Igreja Católica e sua publicação serviu de inspiração para toda a doutrina social que se seguiu e para o trabalho, a princípio voluntário, dos assistentes sociais. Por isso a data de 15 de maio foi escolhida para celebrar a profissão.

E também por isso talvez se origine a ideia preconcebida de que o assistente social pratica tão somente o assistencialismo e a caridade.

Verdade que a profissão de assistente social é fundamental para dar apoio, conforto e orientação aos desfavorecidos ou vítimas de tragédias. Mas sua atuação é bem mais ampla, como na formulação de políticas públicas sociais e na promoção da  justiça social.


No caso da Internação Domiciliar, o assistente social trabalha para ajudar famílias desestruturadas, psicológica e financeiramente, em função da doença de um de seus, com frequência o provedor da casa. Ele atua ainda como mediador entre o paciente, a família e a equipe multidisciplinar, administrando conflitos e crises devidos ao estresse provocado pela doença e pela falta de privacidade.

Por tudo isso e muito mais, o Assistente Social merece todo o nosso respeito e admiração.


Vítimas do terremoto do Haiti pedem comida.
Os assistentes sociais estavam lá para ajudar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Cuidar de Olho na Qualidade

Para 2010, estão previstos investimentos em Recursos Humanos, Tecnologia e em Ferramentas de Gestão


No dia 9 de abril, em evento que contou com a presença de boa parte de sua equipe, a Cuidar Home Care lançou oficialmente o projeto de implantação de seu Sistema de Gestão da Qualidade, baseado nas normas ISO 9001.


Completando 15 anos de fundação em 2010, ao longo dos quais consolidou-se como uma das líderes do país no segmento de Internação Domiciliar, a Cuidar Home Care tem como estratégia para esse ano investir na qualidade, melhorando processos e promovendo o treinamento e reciclagem permanente de seus profissionais.


“Nesses 15 anos conquistamos muita coisa”, diz Rosane Luz, diretora administrativa. “Agora queremos estabelecer um novo marco, celebrando essa data especial com um salto de qualidade ainda maior”.


Fátima Pessôa, diretora técnica da Cuidar, concorda que o Sistema de Gestão da Qualidade será um diferencial importante. “O mercado está em constante evolução e precisamos estar preparados para mudar, de forma estruturada, sempre que necessário”, observa. “O SGQ vem ao encontro dessa realidade”.


























12 de maio - Dia do Enfermeiro

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mentes Curiosas



Pacientes, prestadores de serviços de saúde e familiares encontram a cura graças aos enfermeiros que perguntam “por que?”
Por Geoff Brown

Patricia Grady, PhD, pesquisadora de longa data de cardiopatias e desordens neurológicas e diretora do norte-americano National Institute of Nursing Research (NINR) -  Instituto Nacional de Pesquisas em Enfermagem, diz que para se entender a pesquisa em enfermagem é preciso entender o papel especial dos enfermeiros.
"Estamos na interface da mente e do corpo, da biologia e do comportamento", justifica Grady.

Mais do que qualquer outro profissional da Saúde, os enfermeiros são mais adequados para observar e indicar ajustes no tratamento, medicamentos e mesmo nas rotinas dos pacientes. Eles têm capacidade de enxergar não apenas a evolução médica, mas também os resultados humanos do tratamento ou os comportamentos emocionais que podem levar à necessidade de tratamento. Com isso, a pesquisa em enfermagem pode fornecer insights especializados e descobertas que pesquisadores de outras áreas da Saúde frequentemente ignoram”.

Martha Hill, PhD, RN e reitora da Johns Hopkins University School of Nursing, exemplifica: "Pesquisadores de Enfermagem buscam respostas para as seguintes perguntas: Do que os pacientes precisam? O que os enfermeiros fazem para satisfazer essas necessidades? Em que medida isso faz a diferença? E para quem? Enfermeiros também investigam aspectos importantes não apenas para o paciente e sua família, mas para os outros membros da equipe: médicos, famacêuticos, assistentes sociais”.
São esses papéis e habilidades específicos que dão à pesquisa em Enfermagem uma crescente importância para a evolução da saúde. A pesquisa em Enfermagem começa a tirar vantagem de seu vasto conhecimento baseado na experimentação e evidência, na sabedoria e na curiosidade pelo contato direto com pacientes nos mais diversos cenários.
 
"A pesquisa em Enfermagem vem sendo requisitada por outros campos de pesquisa como parte decisiva na obtenção de um quadro geral da saúde”, diz Grady. "Há um novo foco baseado na prevenção e na interação com o paciente, o que é o ambiente natural para os enfermeiros”.

"Os enfermeiros, com sua experiência “de campo”, sabem da necessidade de um olhar atento não apenas aos aspectos fisiológicos de seus pacientes, mas também aos fatores psicológicos, sociais e emocionais, tão determinantes quanto o primeiro no resultado do tratamento", afirma Hill. "É um magnífico trabalho multidisciplinar."
Uma Disciplina em Ascenção

O
atual foco na pesquisa multidisciplinar da Saúde trouxe
reconhecimento aos pesquisadores da Enfermagem, coisa que parecia impossível nos EUA há algumas décadas.

Na década de 1980, entretanto, isso começou a mudar, segundo Martha Hill."A Universidade Johns Hopkins inaugurou a sua Escola de Enfermagem em 1984, nos mesmos moldes  das  Escolas de Medicina e de Saúde Pública, seguindo a filosofia da Instituição que associa educação à descobertas científicas.

”A Enfermagem está na ordem do dia porque os outros profissionais da Saúde finalmente entenderam o quanto ela tem a oferecer”, diz Grady. “E por que isso acontece? Porque lidamos com situações do mundo real”.
Fonte: Nursing Magazine, do Instituto Johns Hopkins, EUA


Ilustração: Jesse Kuhn